sábado, 4 de julho de 2020

Vítor Lambert – só agora percebi o peso específico da sua amizade



Somos feitos do que somos até aos sete anos, o resto são apenas remendos. Quis o Destino que o meu neto António seguisse agora (em 2017) as pisadas da minha filha Marta (em 1987) e frequentasse com uma diferença de trinta anos o mesmo Jardim Infantil – a Adeco, ali em Lisboa, ao Príncipe Real. Mas dizer Destino não é pensar no Acaso pois nada acontece por acaso na Vida; foi o Victor Lambert que ao longo do tempo foi mantendo a ligação entre nós e nunca deixou de me enviar as convocatórias para as Assembleias Gerais da Adeco. Sem mais e com a devida vénia transcrevo o texto da «Folha Informativa» nº 20 da Associação Conquistas da Revolução: «A ACR perdeu, em 15 de Fevereiro de 2018, um dos seus sócios fundadores e até à data membro da Direcção da nossa Associação. Além do trabalho que prestou na Direcção e nas iniciativas da nossa Associação, colaborou nos livros «Vasco, nome de Abril» e «Conquistas da Revolução». O funeral, com honras militares, realizou-se no dia 17 de Fevereiro no cemitério dos Olivais. Na altura o presidente da Direcção da ACR proferiu uma intervenção sublinhando: «Honraste a Marinha e os Marinheiros. Vamos sentir a tua falta, nunca estarás só. Sei que caminhas ao nosso lado, nunca deixando de ser um de nós. Até sempre companheiro!» Associaram-se nas despedidas Maria João Gonçalves que leu uma intervenção em nome de um conjunto de amigas, relatando as vivências comuns que ao longo dos anos partilharam, sublinhando as qualidades morais e cívicas de Vítor Lambert e o «Cabo» Geraldo Lourenço, na qualidade de praça mais antiga dos saneados do 25 de Novembro, proferindo u m improviso em que relembrou os tempos da fundação da CDAP e do Clube de Praças da Armada, elogiando a personalidade e a perseverança de Vítor Lambert.» (fim de citação)

[Crónicas do Tejo 124]

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