Embora seja autor de
diversificada obra (Ficção, Teatro, Diário, Tradução, Ensaio, Infanto-Juvenil e
Organização de publicações), também com livros editados em Espanha, Japão,
França, Itália, Marrocos, Brasil, México, Bulgária, Hungria, Áustria,
Moçambique, Colômbia e Alemanha, esta recolha em dois volumes junta a sua «Obra
Poética» que começou em 1971 com «Na margem do silêncio». .Dedicada aos netos
(António e Manuel), esta viagem em forma de livro no tempo de 1971 a 2021 pode
sugerir quatro anotações. O poema «Os livros» simboliza a aventura: «Da voz/que
os ditou, ninguém/ a origem de tudo saberá.» O poema «Dos jornais» liga estes
dois Mundos: «Meu Deus como eu sou paraliterário/à quinta-feira véspera de
jornal/ nadando em papel como num aquário/ejectando a minha bolha pontual». O
poema «Cesário Verde» junta esses dos espaços (livro e jornal): «Quem algum dia
o viu passar sem pressa/A caminho da Baixa, àquela hora/ Não terá dado conta
que era essa/A rua que já os passos lhe demora.» Da página 597 à 621 são 25
poemas sobre figuras da vida portuguesa: Pedro Hispano, Inês de Castro, Infante
D. Henrique, Vasco da Gama, Francisco Sá de Miranda, Fernão Mendes Pinto, Luís
de Camões, Francisco Sanches, D. Sebastião, Padre António Vieira, Sebastião
José de Carvalho e Melo, Antero de Quental, Amadeo de Souza-Cardoso, Teixeira
de Pascoaes, Fernando Pessoa, Agostinho da Silva, Francine Benoit, Maria Helena
Vieira da Silva, Jorge de Sena, Amália Rodrigues, Natália Correia, Fernando
Lanhas, Alexandre O´Neill, Herberto Helder e Emmanuel Nunes.
(Edição: Crescente Branco,
Capa: Athena, a Melancólica, Prólogo: Cristina Robalo Cordeiro, Foto do autor:
Rui Sousa)
[Livros e Autores 24]