Primula
Integrifolia é o seu nome e consta no original da aguarela por si assinada. Sei
que os botânicos, os pintores e os arquitectos paisagistas sabem sempre os
nomes latinos das flores. Faz parte do seu trabalho porque cada ofício e
profissão tem as suas palavras exactas, precisas e perfeitas. Minha filha Marta
que vive e trabalha em Sydney (Austrália) soube dizer de imediato que esta flor
em concreto é oriunda da zona dos Pirenéus Atlânticos. No seu caso tenho a
ideia de ter visto um exemplar da flor no seu jardim nos arredores de York em
Inglaterra mas o que me interessa é o rigor do traço, as linhas perfeitas, o
recorte exacto das cores, o equilíbrio de todos os componentes na sua aguarela.
Não por acaso seu filho Ian desenha tão bem e ganhou prémios como arquitecto na
cidade de Londres. Seus netos Thomas e Lucas, apesar de serem jovens, já vão no
bom caminho como seus discípulos. O meu orgulho de avô em comum é ver os nossos
netos a desenharem tão bem apesar da sua idade, treze e oito anos. Pela minha
parte acresce o pormenor de ainda ontem (10 de Agosto de 2019) o comissário de
bordo no avião que liga Lisboa a Londres ficou encantado com o emblema do
Sporting Clube de Portugal a verde na camisola branca do nosso neto Lucas. Tal
como há alguns anos atrás em pleno parque de Greenwich junto ao Tamisa (o Tejo
de Londres) algumas pessoas gostaram da camisola verde o Thomas, o nosso neto
mais velho com estas palavras muito próprias para um lugar como Greenwish Park
– «Sporting since 1906». Por simples curiosidade vejo que esta planta tem
efeitos positivos em seis campos: anti-inflamatório, defesa do sistema
imunológico, na pele, nas cólicas, nas funções hepáticas e no controle
emocional. Nada acontece por acaso, é o
que fico a pensar, caríssima comadre.
[Crónicas
do Tejo 196]
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