Por
um simpático comentário a uma ficha de leitura por mim assinada noutro Blog
(«transporte sentimental») soube do interesse de alguém (assina «Penélope») por
tudo o que diga respeito ao Bairro Alto. Começo por referir a editora Apenas
Livros cujo telefone é o 217582285; foi esta a editora do livro «Cancioneiro do
Bairro Alto». Da parte das pessoas da editora em causa pode vir uma boa ajuda
nas suas pesquisas. Depois assinalo o número de telefone da Livraria «Fábula
Urbis» que é o 218885032. É uma livraria que tem tudo, mesmo tudo, sobre
Lisboa. Vale sempre a pena uma visita, sairá sempre mais rica do que entrou. Também
sugiro o livro «Dicionário das Alcunhas Alfacinhas» da editora Livros Horizonte
com introdução e notas de Francisco Santana. Veja-se por exemplo a interessante
entrada sobre «Ana do Cão» na página 13: «Mulher de baixa categoria e de má
nota, que tinha uma casa de toleradas na Travessa da Palha. Era muito conhecida
entre os estroinas de há 40 anos. Dizem que o poeta Mário Sá Carneiro, que se
suicidou em Paris, o fez com desgosto de o pai ter contraído matrimónio com
essa mulher por quem se apaixonou depois de velho.» Outro livro a recomendar é
o romance «Bairro Alto» de Avelino de Sousa, romance baseado na opereta
homónima do mesmo autor que foi levada à cena em Lisboa no teatro de São Luiz
em 22-4-1927 (faz agora 90 anos!) pela Companhia de Armando de Vasconcelos com
música de Venceslau Pinto, Alves Coelho e Raul Portela. Sugiro ao mesmo tempo
os dicionários de Orlando Neves e Afonso Praça. Num deles, entre o calão e o
palavrão, lê-se na entrada «Variedades» esta célebre frase que só podia ser
ouvida no Bairro Alto de outros tempos: «Ó filho eu só faço o natural, se
queres variedades vai ao teatro.»
(Vinte
Linhas 1695)
Sem comentários:
Enviar um comentário