domingo, 2 de dezembro de 2018

«Deus nos valha o bacalhau!» de Fernanda Frazão e Luís Filipe Coelho



Este livro de 22 páginas só é pequeno na aparência pois nele se recolhem 53 receitas de bacalhau divididas em duas secções: Petiscos e Entradas (6) e A substância (47). Tendo nascido no ano de 1951 em Santa Catarina (Caldas da Rainha) a minha infância foi «habitada» em casa de minha avó materna por muito bacalhau trazido pelo armazenista de Alcobaça senhor Sebastião dos Santos Vazão. Era o mesmo bacalhau islandês que ainda hoje (2018) compro na Manteigaria Silva, em Lisboa, entre o Rossio e a Praça da Figueira.
Para que conste ficam na ficha de leitura duas receitas. A primeira na página 3 é «Bacalhau à taverneiro»: «Coze-se o bacalhau. Aquece-se uma travessa e guarnece-se o fundo com bom azeite., misturado com salsa, chalotas, alho e cebolinho picados, temperando com pimenta e noz-moscada ralada, lasquece-se o bacalhau por cima, ainda quente e regue-se com limão ou agraço.»
A segunda é «Bacalhau à marinheira» na página 10: «Cozido o bacalhau, depõe-se numa travessa com a água da cozedura, na qual se dissolve uma gema de ovo cozida, um alho esmagado e pimenta, juntando-se-lhe além disso azeite cru, vinagre e cebolinhas cozidas com o bacalhau.»
Fiquemos por aqui não sem antes lembrar uma conversa com José Quitério que explicava a paixão portuguesa pelo bacalhau com esta ideia: «O bacalhau só sabe bem com bom azeite e onde há bom azeite é em Portugal…»

(Editora: Apenas Livros, Colecção: Papoulas Gustativas)

[Um livro por semana 602]

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