terça-feira, 3 de setembro de 2019

Crónica sobre uma aguarela de Joan Sutherland



Primula Integrifolia é o seu nome e consta no original da aguarela por si assinada. Sei que os botânicos, os pintores e os arquitectos paisagistas sabem sempre os nomes latinos das flores. Faz parte do seu trabalho porque cada ofício e profissão tem as suas palavras exactas, precisas e perfeitas. Minha filha Marta que vive e trabalha em Sydney (Austrália) soube dizer de imediato que esta flor em concreto é oriunda da zona dos Pirenéus Atlânticos. No seu caso tenho a ideia de ter visto um exemplar da flor no seu jardim nos arredores de York em Inglaterra mas o que me interessa é o rigor do traço, as linhas perfeitas, o recorte exacto das cores, o equilíbrio de todos os componentes na sua aguarela. Não por acaso seu filho Ian desenha tão bem e ganhou prémios como arquitecto na cidade de Londres. Seus netos Thomas e Lucas, apesar de serem jovens, já vão no bom caminho como seus discípulos. O meu orgulho de avô em comum é ver os nossos netos a desenharem tão bem apesar da sua idade, treze e oito anos. Pela minha parte acresce o pormenor de ainda ontem (10 de Agosto de 2019) o comissário de bordo no avião que liga Lisboa a Londres ficou encantado com o emblema do Sporting Clube de Portugal a verde na camisola branca do nosso neto Lucas. Tal como há alguns anos atrás em pleno parque de Greenwich junto ao Tamisa (o Tejo de Londres) algumas pessoas gostaram da camisola verde o Thomas, o nosso neto mais velho com estas palavras muito próprias para um lugar como Greenwish Park – «Sporting since 1906». Por simples curiosidade vejo que esta planta tem efeitos positivos em seis campos: anti-inflamatório, defesa do sistema imunológico, na pele, nas cólicas, nas funções hepáticas e no controle emocional.  Nada acontece por acaso, é o que fico a pensar, caríssima comadre.  
      
[Crónicas do Tejo 196]

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