segunda-feira, 9 de setembro de 2024

«Novos trabalhos novos danos» de Vergílio Alberto Vieira

Embora seja autor de diversificada obra (Ficção, Teatro, Diário, Tradução, Ensaio, Infanto-Juvenil e Organização de publicações), também com livros editados em Espanha, Japão, França, Itália, Marrocos, Brasil, México, Bulgária, Hungria, Áustria, Moçambique, Colômbia e Alemanha, esta recolha em dois volumes junta a sua «Obra Poética» que começou em 1971 com «Na margem do silêncio». .Dedicada aos netos (António e Manuel), esta viagem em forma de livro no tempo de 1971 a 2021 pode sugerir quatro anotações. O poema «Os livros» simboliza a aventura: «Da voz/que os ditou, ninguém/ a origem de tudo saberá.» O poema «Dos jornais» liga estes dois Mundos: «Meu Deus como eu sou paraliterário/à quinta-feira véspera de jornal/ nadando em papel como num aquário/ejectando a minha bolha pontual». O poema «Cesário Verde» junta esses dos espaços (livro e jornal): «Quem algum dia o viu passar sem pressa/A caminho da Baixa, àquela hora/ Não terá dado conta que era essa/A rua que já os passos lhe demora.» Da página 597 à 621 são 25 poemas sobre figuras da vida portuguesa: Pedro Hispano, Inês de Castro, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Francisco Sá de Miranda, Fernão Mendes Pinto, Luís de Camões, Francisco Sanches, D. Sebastião, Padre António Vieira, Sebastião José de Carvalho e Melo, Antero de Quental, Amadeo de Souza-Cardoso, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa, Agostinho da Silva, Francine Benoit, Maria Helena Vieira da Silva, Jorge de Sena, Amália Rodrigues, Natália Correia, Fernando Lanhas, Alexandre O´Neill, Herberto Helder e Emmanuel Nunes.

(Edição: Crescente Branco, Capa: Athena, a Melancólica, Prólogo: Cristina Robalo Cordeiro, Foto do autor: Rui Sousa)

 [Livros e Autores 24]


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