Paisagem
e povoamento, já o lembrava Carlos de Oliveira. Tudo nesta história começa com
a paisagem: «Não é grande este charco. Podia ser maior, é verdade. Mas, assim
como está, está bem. Fosse ele maior, havia logo de vir alguém chamar-lhe
lago…» Segue-se o povoamento: além dos simpáticos vizinhos da herdade, no
charco existem rãs, um boi e um menino (o Quim) que guardou uma rã na taça de
vidro onde a mãe costuma fazer a mousse de manga. Passada uma semana a rã
acabou por regressar ao charco, levada pelo menino Quim.
O
biólogo que estuda o charco e que conta esta história está preocupado porque se
anuncia a construção de uma grande estrada que poderá vir a arrasar o charco:
«Os senhores do projecto são categóricos. Dizem eles que nenhum desvio é
possível. Não é possível porquê? Não o disseram.»
A
história continua porque as vozes do charco são também as dos leitores que o
autor convida a manifestarem-se não contra a estrada mas contra o facto de a
estrada poder vir a arrasar o charco. Dai as palavras finais: «Vocês vêm
comigo? Podemos marcar já o dia?»
Na
última página se explica como este livro é «carbonfree» pois para o editar foi
preciso cortar árvores e gastar energia para produzir o papel no qual o livro
foi impresso. Para compensar as emissões de dióxido de carbono para a
atmosfera, a APCC em colaboração com a Ecoprogresso apoiaram um projecto de
energia limpa através do calor gerado numa indústria, evitando a emissão de
dióxido de carbono por combustíveis fósseis.
(Editora: APCC, Revisão: Clara Boléo,
Design: Raquel Castelo)
(Um
livro por semana 555)
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