Nota
prévia – Este livro recebeu o Prémio Jacinto do Prado Coelho (Associação
Portuguesa de Críticos Literários) atribuído por um júri que integrava Ana
Mafalda Leite, Liberto Cruz e Miguel Real. O galardão distinguiu em anos
anteriores ensaístas como Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Manuel Aguiar e
Silva, Carlos Reis, Helena Buescu, Clara Rocha ou Maria Alzira Seixo. Num livro
publicado em 1999 Jorge Luís Borges escreveu sobre a importância do autor de «Os
Possessos»: «Como a descoberta do amor, como a descoberta do mar, a descoberta
de Dostoievki marca uma data memorável na nossa vida.» O ponto de partida deste
volume está na página 14: «Publico este livro porque quero partilhar as minhas
experiências de leitura de alguns textos de literatura dirigida às crianças e
aos jovens (e aos adultos que são sempre também destinatários privilegiados
desta literatura).» E continua: «Faço-o na expectativa de que o contacto com
algumas partes da minha «Resposta a Italo Calvino» suscite em alguns leitores a
vontade de ler ou reler os Grimm, Johanna Spyri, J.M. Barrie, Shel Silverstein,
Sophia de Mello Breyner Andresen, José Saramago, Manuel António Pina, entre
outros.»
A
expressão «escrever é lavrar» remete para «O aprendiz de feiticeiro» de Carlos
de Oliveira na morte do poeta Afonso Duarte: «Escrever é lavrar e lavrar numa
terra de camponeses e escritores abandonados quer dizer sacrifício, penitência,
alma de ferro.»
Resumir
um livro de 422 páginas em 20 linhas de A4 é impossível mas fica o convite à
leitura destes «clássicos da Literatura» organizado em 15 capítulos desde Gil
Vicente a Alexandre O´Neill e com um índice onomástico muito útil no seu final.
Depois de «São feitas de palavras as palavras» de 2017 aqui está um convite
irrecusável de Carlos Nogueira para reler os clássicos.
(Editora:
Livraria Lello Porto, Design: Cátia Vidinhas)
[Um
livro por semana 646]
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