quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Vergílio Alberto Vieira, novo diário...

 


A CASA DOS EXPURGOS

Vergílio Alberto Vieira (n.1950) já publicou seis diários: «Destino de Orfeu» (1987), «A invenção do adeus» (1994), «Minha mulher a solidão» (2013), «Minha ex-mulher a solidão» (2020), «Rei exilado» (2022) e «Um passo antes da morte» (2024). Este livro de 285 páginas (Editora Rosmaninho, prefácio Fabíola Mourthé, capa Luís d´Orey) corresponde ao ano de 2024 e está organizado não por meses mas por signos do Zodíaco. Herdeiro de uma tradição que vem de Kafka, Virgínia Woolf, Gide, Stendhal, Miguel Torga, José Saramago, Vergílio Ferreira, Fernando Aires, João Bigote Chorão, Luiz Pacheco, Cristóvão Aguiar, Luiza Dacosta e Irene Lisboa (entre outros autores) Vergílio Alberto Vieira utiliza na escrita deste livro ironia, humor, sabedoria e angústia. Apenas quatro notas para referenciar estes pontos de interesse. Sobre os partidos políticos portugueses: «Partido Social Democrata – Livra-te dos Macabeus, Partido Socialista – Consagração dos Levitas, CHEGA – Os cavaleiros do Apocalypse, Bloco de Esquerda – Cura de um hidrópico ao sábado, Iniciativa Liberal – Parábola da figueira estéril, Centro Democrático Social – Os desac/Atos dos Apóstolos, Partido Comunista Português – O fermento dos fariseus, LIVRE – Lamentação sobre o rei de Tiro, Partido Popular Monárquico – Promessa de Restauração (Miqueias)». Sobre Graham Green: «O Cristianismo é uma mulher que leva a sopa aos indigentes». Sobre o Padre José Felicidade Alves (Vale da Quinta, 1925-1998); «Felicidade Alves foi no seu tempo pedra angular dessa Jerusalém em cujo alicerce assentam a sabedoria espiritual, o altruísmo da liberdade, símbolos da humanidade». Sobre a Palestina: «Deserdado do seu destino, o povo palestiniano deixou de ser o rosto que nos olha para passar a ser o rosto desfigurado da desumanidade que nos olha: punido sem causa, castigado sem culpabilidade». JCF  

      

domingo, 7 de dezembro de 2025

CÂNTICOS DO CÂNTICO (Organização de RUY VENTURA)


800 anos depois do «Cântico das Criaturas» de São Francisco de Assis (1182-1226) escrito no século XIII e aqui reproduzido numa versão de Ruy Ventura que também organiza o volume e assina o posfácio, este livro de 87 páginas integra quarenta poemas dos seguintes autores: Abel Inácio Quitaia, Alexandre Faria, Álvaro Valverde, Amadeu Baptista, António Cândido Franco, Aurelino Costa, Carlos Poças Falcão, Flor Campino, Heleno Godoy, Joana Ruas, João Rasteiro, Joaquim Félix de Carvalho, Jorge Teixeira, José de Jesus, José do Carmo Francisco, José Kozer, José Luís Peixoto, José Mário Silva, José Rui Teixeira, Leonardo Almeida Filho, Luís Aguiar, Luís Leal, Luísa Costa Macedo, Márcio Catunda, Marco Daniel Duarte, Maria Guadalupe Alexandre, Maria José Diegues de Oliveira, Maria José Mures, Maria Sarmento, Maria Teresa Maia Gonzalez, Natália Carbajosa Palmeiro, Nuno Matos Duarte, Ozias Filho, Rafael Angel Garcia Lozano, Ronaldo Cagiano, Rui Almeida, Ruy Ventura, Vanessa S. Dias, Verónica Benedito e Victor Oliveira Mateus. Fixemos uma advertência do organizador: «O chamado Cântico das Criaturas não deve ser entendido como texto isolado, mesmo sendo um dos cumes mais altos da capacidade expressiva desse homem descalço, roto e remendado que recorria à animação gestual e a palavras de fogo quando se tratava de arrastar os seus semelhantes às alturas celestes». A edição é da OFFICIUM LECTIONIS, teve o apoio da Província Portuguesa da Ordem Franciscana, de Frei Hermínio Araújo e é dedicada à memória do Papa Francisco (1936-2025)cuja Lettera ai Poeti abre o volume. JCF